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Diabetes atinge cerca de 10 milhões de pessoas no Brasil e 135 mil na PB

Publicada em 10/11/2010 às 16h

Hospital Unimed iluminado de azul no Dia Mundial do Diabetes, em 2009 Hospital Unimed iluminado de azul no Dia Mundial do Diabetes, em 2009

No Brasil, cerca de 10 milhões de pessoas são portadoras de diabetes e aparecem 500 novos casos por dia. Só na Paraíba são 135 mil e, destes, 37,5 mil estão em João Pessoa, segundo dados do Ministério da Saúde. De acordo com a instituição, os números assustadores refletem o estilo de vida desorganizado da população mundial, que deixa os hábitos saudáveis de lado para conseguir dar conta de suas tarefas diárias.

“O diabetes é uma doença crônica, debilitante e de alto custo, principalmente quando associada a complicações severas”, explicou o endocrinologista, diretor financeiro da Unimed JP e tesoureiro da Diretoria Nacional da Sociedade Brasileira de Diabetes, João Modesto Filho. E complementou com um dado alarmante: “Estima-se que metade das pessoas com diabetes desconheça a própria condição”.

Segundo o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia da Paraíba, Ednardo Parente, cerca de 60% do tratamento de diabetes é determinado por uma mudança no estilo de vida, especificamente na alimentação e atividade física. “A única maneira de ‘frear’ esse aumento do diabetes é através da educação”, disse.

Educar para prevenir é o que vem fazendo a International Diabetes Federation (IDF) em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS) desde 1991, com a criação do Dia Mundial do Diabetes, 14 de novembro. A data foi criada em resposta ao aumento do interesse em torno do diabetes no mundo e, desde então, vem mobilizando cerca de 300 milhões de pessoas e instituições públicas e privadas para discussão e elaboração de ações que visem à prevenção e à consequente diminuição dos casos da doença.

CAMPANHA MUNDIAL

Desde 2004, a IDF e a Sociedade Brasileira de Diabetes vêm utilizando o Dia Mundial do Diabetes para realizar uma campanha de conscientização com a população de todo o mundo. A proposta é sugerir dos órgãos governamentais a criação de estratégias eficientes, com políticas de prevenção e de monitoramento do diabetes para resguardar a saúde dos cidadãos com a doença e daqueles que possuem risco de desenvolvê-la.

A campanha, que este ano tem como tema “Diabetes: Educar para prevenir”, chega à sua 7ª edição. Entre as novidades deste ano está a divulgação, de forma intensiva, através das redes sociais, já que o Brasil é um dos países que mais vem utilizando essa forma de comunicação no mundo (Orkut, Twitter, Facebook, Flickr, Youtube, etc).

Além disso, diversos monumentos serão iluminados com a cor azul, cor referência ao símbolo da Organização das Nações Unidas (ONU), que reconheceu, em 2006, o diabetes como uma doença que ameaça a saúde mundial. Entre eles, o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar.

PROGRAMAÇÃO LOCAL

Aqui na Capital, também haverá atividades específicas para lembrar o dia. No domingo (14), como acontece há 3 anos, a fachada do Hospital Unimed JP será toda iluminada de azul.

Neste mesmo dia, a Sociedade Paraibana de Diabetes servirá um café da manhã para as pessoas que passarem pelo Busto de Tamandaré das 6h às 10h. No local, também haverá testes de glicemia e distribuição de materiais informativos sobre a doença.

A campanha do Dia Mundial do Diabetes é compartilhada por cerca de 190 associações de diabetes de mais de 150 países. É uma iniciativa que reúne líderes de opinião, profissionais da saúde, pessoas com diabetes e o público em geral. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) destaca-se entre as entidades, mobilizando-se de forma muito ativa nos últimos anos. No Estado, as ações contam com o apoio da Sociedade Paraibana de Diabetes, além da Unimed JP, que desde 2005 realiza atividades baseadas no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). Discutir a prevenção e o tratamento do diabetes atende à sexta meta: combater a aids, a malária e outras doenças.

ORIENTAÇÃO PERMANENTE

A Unimed JP dedica um cuidado permanente aos clientes portadores de diabetes. Desde 2004, a Cooperativa desenvolve o Programa de Educação Terapêutica em Diabetes, o UniDia, cuja finalidade é possibilitar o controle da doença através de orientações e atividades de promoção à saúde. Exclusivo para clientes diabéticos da Unimed JP, ele já beneficiou mais de 600 pessoas.

Outra ação da Unimed é o Grupo de Educação Terapêutica (GET). Durante um mês, cada grupo participa de quatro reuniões consecutivas – uma por semana. Nestes encontros, os participantes discutem os mais variados aspectos do diabetes com uma equipe multidisciplinar, formada por psicóloga, endocrinologista, nutricionista e enfermeira, além de uma facilitadora, que participa de todas as atividades do GET. Aproximadamente três meses depois destes encontros, é marcada uma reunião de retorno. No final do ano, desde 2005, a Unimed JP promove um grande encontro com todos os participantes. Este ano, o encontro foi realizado no último dia 6 e reuniu cerca de 250 no Shopping Sebrae.

A Unimed JP também promove palestras sobre o assunto em empresas parceiras e aborda frequentemente vários aspectos do diabetes em seus já conhecidos Encontros sobre Saúde. Além disso, a Cooperativa contribui com a monitorização e prevenção do diabetes, através da distribuição de materiais informativos e dos testes de glicose realizados durante eventos em toda a Capital.

ENTENDA A DOENÇA

O diabetes mellitus é uma doença de caráter permanente, resultante do mau funcionamento do pâncreas, órgão que reduz ou pára de produzir a insulina, um hormônio responsável pela queima da glicose, que está presente nos alimentos, particularmente nos doces e massas. A doença pode ocorrer por motivos hereditários, familiares, obesidade, gravidez, estresse físico ou emocional, ou ainda por fatores relacionados com a idade. Em alguns casos, não se sabe o motivo.

O diabetes apresenta dois tipos: 1 e 2. O tipo 1 pode surgir logo no início da vida ou se manifestar na fase adulta, mas já foram identificados casos de pessoas que descobriram a doença em idades mais avançadas. Já o tipo 2 é o mais comum e geralmente se manifesta em idades mais avançadas. Na maioria das vezes, o pâncreas ainda é capaz de produzir um pouco de insulina necessária para a queima da glicose, mas não o suficiente para garantir as funções regulares.