Pelo menos, 6.230 novos casos de câncer da pele devem ser diagnosticados este ano, no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Do total, 3.170 serão em homens e 3.060 em mulheres.
O câncer da pele é o crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Estas células se dispõem formando camadas e, de acordo com a afetada, são definidos os diferentes tipos de câncer. Os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares; o mais perigoso é o melanoma.
As pessoas com maior risco de desenvolver este tipo de câncer são as de pele clara, sardas, cabelos claros ou ruivos e olhos claros. Também devem redobrar a atenção aquelas que possuem antecedentes familiares com histórico da doença, queimaduras solares, incapacidade para bronzear e pintas.
A principal responsável pelo desenvolvimento do câncer e o envelhecimento da pele é a radiação ultravioleta (UV), que se concentra nas cabines de bronzeamento artificial e nos raios solares. Para proteger-se da doença, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) recomenda alguns cuidados (veja abaixo), principalmente em uma região ensolarada como o Nordeste.
Além disso, a SBD disponibiliza, na internet, uma Calculadora de Riscos para Câncer da Pele. Respondendo a algumas questões, a pessoa recebe a informação sobre as chances de vir a desenvolver a doença.
Clique aqui e acesse a Calculadora de Riscos para Câncer da Pele. A calculadora não substitui a consulta com o médico. Portanto, se suspeitar de algum problema mais sério, procure um dermatologista.
DIFERENTES TIPOS
Dos diferentes tipos de câncer da pele, o carcinoma basocelular é o mais frequente, representando 70% dos casos. É mais comum após os 40 anos, em pessoas de pele clara. Seu surgimento está diretamente ligado à exposição solar acumulada durante a vida. Apesar de não causar metástase, pode destruir os tecidos à sua volta, atingindo até cartilagens e ossos.
Já o carcinoma espinocelular é segundo tipo mais comum de câncer da pele e pode se disseminar por meio de gânglios e provocar metástase. Entre suas causas, estão a exposição prolongada ao sol, principalmente sem a proteção adequada, tabagismo, exposição a substâncias químicas com arsênio e alcatrão e alterações na imunidade.
O melanoma é o tipo mais perigoso, com alto potencial de produzir metástase. Pode levar à morte se não houver diagnóstico e tratamento precoce. É mais frequente em pessoas de pele clara e sensível. Normalmente, inicia-se com uma pinta escura.
CUIDADOS
Apesar de haver os grupos que precisam redobrar os cuidados, as pessoas de todos os fototipos devem estar atentas e se protegerem quando expostas ao sol, já que a incidência dos raios ultravioletas está cada vez mais agressiva em todo o planeta. Confira abaixo as recomendações da Sociedade Brasileira de Dermatologia:
- Use chapéus, camisetas e protetores solares ao se expor ao sol;
- Evite a exposição solar entre 10 e 16h;
- O filtro solar deve ser reaplicado a cada duas horas. O ideal é que o Fator de Proteção Solar (FPS) seja de, no mínimo, 15;
- Na praia, dê preferência às barracas feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta. As barracas de nylon formam uma barreira pouco confiável: 95% dos raios UV ultrapassam o material.
Fontes: SBD e Inca