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Dermatologistas realizam campanha de prevenção ao câncer de pele neste sábado

Publicada em 17/11/2006 às 09h37

Estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) indica que, até o final do ano, a Paraíba deve registrar quase 1,3 mil novos casos de câncer de pele, doença que tem como principal causa a exposição inadequada aos raios ultravioletas emitidos pelo sol, principalmente no horário das 10h às 16h. Em todo o Brasil, devem ser notificados 120 mil novos casos com cerca de 5 mil mortes. O número deve ser bem maior, pois para cada notificação entre 7 e 10 permanecem desconhecidas das autoridades de saúde. Para alertar sobre os riscos deste problema e orientar a população sobre como se prevenir, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) vai realizar no próximo sábado (18) a 8ª edição da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer de Pele. A ação mobilizará cerca de 3 mil dermatologistas em 24 estados. Na Paraíba, a campanha está sendo coordenada pela dermatologista Anna Luiza Marinho Pereira, vice-presidente da SBD-PB. Ela informou que as ações no Estado serão realizadas das 8h às 14h em João Pessoa (Busto de Tamandaré, na Praia de Tambaú) e em Campina Grande (Praça da Bandeira, no Centro da cidade). Nestes locais, dermatologistas ligados à SBD-PB farão exames gratuitamente e, dependendo do diagnóstico, a pessoa será encaminhada para realização de biópsia ou cirurgia. Sem pagar nada. Na campanha do ano passado, foram atendidas 897 pessoas na Paraíba. Destas, 9% apresentaram câncer de pele, um número considerado muito alto. Este ano, a campanha tem como foco principal os cuidados que os pais devem ter com as crianças. Pesquisas da SBD apontam que, quando medidas preventivas são tomadas desde a infância até os 18 anos de idade, os riscos de se desenvolver o câncer de pele são reduzidos em 85%. SAIBA MAIS SOBRE A DOENÇA Existem vários tipos de câncer de pele. Os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares. Mas, o mais perigoso é o melanoma, que tem alto potencial de produzir metástase e pode levar à morte se não houver diagnóstico e tratamento precoces. Dois tipos de fatores contribuem para o aparecimento do tumor: os individuais, como a predisposição genética, cor da pele, dos olhos e cabelos; e os ambientais, como a localização, região, moda, tipo de trabalho que exerce. Os médicos consideram o melanoma um câncer mais urbano, cuja incidência se dá, majoritariamente, em pessoas que pegam sol com pouca freqüência, porém, em grande quantidade - 70% dos casos são relacionados ao sol de lazer. Já o carcinoma, menos perigoso do que o melanoma é um tipo de câncer mais rural, típico de pescadores e agricultores que trabalham sob o sol. A Sociedade Brasileira de Dermatologia recomenda que todas as medidas de proteção sejam adotadas quando houver exposição ao sol: uso de chapéus, camisetas e protetores solares. Também deve ser evitada a exposição solar entre 10h e 16h. É importante ressaltar que as barracas usadas na praia sejam feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta. As barracas de nylon formam uma barreira pouco confiável: 95% dos raios ultravioleta ultrapassam o material. Para o uso de filtros solares, é sugerida a reaplicação a cada duas horas. O ideal é que o Fator de Proteção Solar (FPS) seja, no mínimo, 15.