Proteger a pele deve ser um hábito cotidiano, mas durante o verão é importante estar ainda mais atento por causa da incidência maior dos raios solares. A prevenção ao câncer de pele, que deve acontecer durante todo o ano, envolve desde a alimentação até a escolha do protetor solar.
De acordo com o dermatologista Otávio Sérgio Lopes, médico cooperado da Unimed João Pessoa, a exposição prolongada ao sol aumenta os riscos de desenvolver a doença. “A radiação solar é responsável por 90% dos cânceres de pele, e há hábitos que podem ajudar na prevenção, como a diminuição da exposição e uso de protetor solar diário com fator acima de 30. É importante considerar todas as características da pele, da cor à oleosidade, para a escolha do produto”, orienta.
O câncer da pele corresponde a 33% de todos os diagnósticos desta patologia no Brasil, sendo que o Instituto Nacional do Câncer (Inca) registra, a cada ano, cerca de 185 mil novos casos. “O tipo mais comum é o não melanoma, que apresenta tumores de diferentes tipos e está presente em 95% dos casos. Quando descoberto precocemente, a chance de cura é de praticamente 100%”, explicar Otávio Sérgio.
Segundo o médico, a imunidade baixa também é um fator de risco para todos os tipos de cânceres. “Um dos mecanismos mais eficientes para proteger o nosso corpo é a imunidade. Por isso, orientamos nossos pacientes a cuidarem da alimentação e também praticarem exercícios físicos regularmente para manter a saúde de maneira geral. Recomendamos ainda a ingestão de alimentos ricos em antioxidantes, como frutas, verduras e minerais, e o uso de suplementos à base de polifenóis, que têm ação de diminuir os efeitos do sol na pele”, diz o médico.
SINAIS DE ALERTA
Feridas que não cicatrizam e sangram com o roçar da toalha ou manchas escuras que se modificam, além de pintas que mudam de tamanho, por exemplo, podem indicar câncer de pele. “Além desses sinais, há os fatores de risco, como antecedente familiar de melanoma. Em todos os casos, é preciso buscar um dermatologista para a realização de exames clínicos que possam trazer um diagnóstico correto e o mais rápido possível”, orienta o médico.
De acordo com Otávio Sérgio, o tratamento é predominantemente cirúrgico, mas em algumas situações podem ser usadas medicações tópicas, fototerapia e até radioterapia. “Tudo deve ser analisado após os exames e só um especialista na área pode indicar o melhor caminho. O mais importante é estar atendo aos sinais”, diz o médico.