O sol é um importante aliado da saúde e do bem-estar, atuando tanto em nível físico quanto psíquico. Mas, embora seja fonte de vida para o planeta, seus efeitos na pele podem ser prejudiciais, principalmente em longo prazo. Portanto, cuidados devem ser tomados no dia a dia, principalmente agora quando a temperatura está elevada e os índices de radiação ultravioleta estão muito altos na região nordeste.
Entre os benefícios, a exposição solar estimula a produção de vitamina D, importante para a saúde óssea, o que evita a desmineralização, osteoporose e fraturas. "Essa vitamina, quando em níveis altos, também atua fortalecendo o sistema imunológico, melhorando a resposta a infecções", informou a dermatologista Cândida Rachel Lucena, médica cooperada da Unimed João Pessoa.
A dose de radiação solar recebida pelos indivíduos, cotidianamente, já é suficiente para determinar produção de vitamina D, segundo a médica. "Porém, se ainda assim, baixos níveis de vitamina D forem detectados no sangue, recomenda-se reposição oral", disse.
Já em níveis psíquicos, o sol aumenta o bem-estar e o relaxamento, além de ter papel na redução do risco de depressão, uma vez que está envolvido no estímulo a produção de serotonina. E os benefícios não param por aí. Você sabia que a luz solar que recebemos durante o dia também contribui para uma boa noite de sono? É o que afirma a dermatologista Cândida Rachel: "A luz solar durante o dia estimula a produção de melatonina à noite, um importante hormônio que confere melhor qualidade do sono".
PREJUÍZOS
Apesar desses benefícios que o sol traz ao funcionamento do organismo, a exposição exagerada, sem proteção, e por longas horas, é muito prejudicial à saúde. "Embora traga benefícios, a radiação solar está intimamente relacionada à insolação, envelhecimento cutâneo e desenvolvimento de câncer de pele", explicou. Os efeitos agudos incluem queimaduras e bronzeamento. Já os crônicos são acumulativos e evidenciados ao longo dos anos, principalmente a partir da quinta década de vida.
Além de estimular a destruição do colágeno dérmico, a exposição ao sol sem proteção também determina a diminuição da espessura da pele e o aumento da sua fragilidade. Pior: pode causar câncer, pois é indutor de alterações celulares, que podem culminar com o surgimento de neoplasias cutâneas. "O carcinoma basocelular, que ocorre mais comumente em áreas de pele exposta e fotodanificada, é o tipo de câncer mais prevalente no mundo", explicou a dermatologista.
RECOMENDAÇÕES
E a dermatologista Cândida Rachel dá algumas dicas sobre os cuidados com a pele durante o verão. Entre medidas importantes de proteção aos raios solares, orienta-se evitar exposição solar direta entre as 9h e às 16 h e o uso de bloqueadores solares de FPS igual ou superior a 30. A reaplicação do protetor solar a cada 3h não deve ser negligenciada, porém, durante atividades ao ar livre, essa periodicidade deve ser a cada hora.
As recomendações de proteção não implicam privar-se de atividades esportivas ou de lazer ao ar livre. No entanto, as pessoas devem ter bom-senso e cautela na hora de se expor ao sol. "Prevenção de danos sempre será o melhor remédio", ressaltou a dermatologista Cândida Rachel.