Atualmente, a cada três pessoas adultas que morrem no Brasil, duas são homens, segundo informações do Ministério da Saúde. Eles vivem, em média, sete anos a menos do que as mulheres e dados ainda apontam que, na faixa etária de 20 a 30 anos, o risco de morte é 80% maior para eles do que para elas.
Além disso, as pessoas do sexo masculino também têm mais doenças do coração, câncer, colesterol e pressão arterial elevada e maior tendência à obesidade.
Mas por que será que isso acontece? Na maioria das vezes, os homens são mais resistentes a procurar cuidados médicos e a realizar atitudes preventivas do que as mulheres. Além disso, utilizam álcool e outras drogas em maior quantidade, estão mais expostos aos acidentes de trânsito e trabalho, e encontram-se envolvidos na maioria das situações de violência.
Levantamento do Centro de Referência da Saúde do Homem, revela que mais de 60% dos pacientes em hospital considera constrangedor procurar um especialista quando os sintomas iniciais de uma doença aparecem. Para fugir das primeiras consultas, a maioria deles utiliza como desculpas a falta de tempo livre e a necessidade de trabalhar para manter a família.
PREVENÇÃO
A questão é quando o assunto é saúde, os homens costumam desconversar e deixar para resolver depois. Convencê-los de que a prevenção é o melhor caminho para viver mais e melhor é um desafio que ultrapassa gerações.
Confira abaixo alguns cuidados com a saúde masculina que podem prevenir ou afastar doenças:
Dicas:
- Urologista também é médico de jovens: é importante que adolescentes visitem o médico antes de iniciar a vida sexual para tirar dúvidas e receber orientações.
- Autoexame dos testículos periodicamente: prática pode evitar o aparecimento de câncer de testículo e deve ser realizada entre os 15 e 35 anos após o banho com o objetivo de detectar nódulos, ou a presença de varizes testiculares.
- O exame da próstata (famoso “toque”) é fundamental após os 40 anos: o câncer de próstata é o mais comum entre os homens e está entre as doenças que mais mata. Patologia pode ser evitada (e o tratamento será menos invasivo) se o paciente realizar o check-up anual que inclui, também, coleta de sangue.
- Tabagismo e má alimentação podem contribuir com disfunção sexual: dieta saudável e a prática regular de exercícios físicos mantém a autoestima elevada e evitam o aparecimento de doenças ligadas à impotência sexual, como a hipertensão e o diabetes.
- Ingestão de líquidos é fundamental: beber pelo menos 2 litros de água por dia diminui as chances de formação de cálculos renais. Também hidrata o corpo e deixa pele e cabelos mais bonitos.
- Ignorar os sintomas não elimina a doença: dificuldade para urinar, sangramentos, perda de libido e dores locais são sinais claros de problemas de saúde. Mascará-los com o uso indevido de medicamentos, ou misturas caseiras podem agravar o caso.
- Prevenção ajuda a viver mais e melhor: não deixe de usar camisinha nas relações sexuais e de fazer os exames preventivos. Além disso, tenha um bom diálogo com sua parceira. A confiança é importante para que o sexo satisfaça plenamente o casal.