O aumento da obesidade infantil vem preocupando autoridades em todo o mundo em decorrência das várias complicações que ela provoca tanto na infância quanto na fase adulta. No Brasil não é diferente.
De acordo com a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), realizada entre 2008/2009 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), uma em cada três crianças com idade entre 5 e 9 anos, no Brasil, está com peso acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde. Na faixa de 10 a 19 anos, o excesso de peso atingia 21,7% em 2009 contra apenas 3,7% em 1970.
A adoção de hábitos saudáveis é fundamental para prevenir este problema, que pode levar à incidência de doenças crônico-degenerativas. Uma alimentação adequada, por exemplo, proporcionará níveis ideais de saúde que favorecerão o perfeito desenvolvimento físico e intelectual, reduzindo as deficiências nutricionais comuns a este estágio de desenvolvimento e evitando a manifestação da obesidade.
E quanto mais cedo as providências forem tomadas, melhores serão os resultados. A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) recomenda que, a partir dos seis meses de vida, a criança já tenha uma dieta variada, colorida, que possua sabores e texturas diferentes. A atenção também deve ser voltada para os horários das refeições. Eles precisam ser bem estabelecidos, evitando longos períodos sem alimentação.
FAMÍLIA, ESCOLA, SOCIEDADE
A educação para uma alimentação saudável pode ser ainda mais difícil na infância do que na fase adulta, já que implica em mudanças de hábitos e disponibilidade dos pais. Além disso, ainda existe a falta de entendimento da criança quanto aos danos da obesidade.
Por esse motivo, a família, a escola e a sociedade têm a responsabilidade de favorecer a adoção de um comportamento saudável por parte das crianças para que se tornem capazes de encontrar um equilíbrio alimentar.
DICAS PARA COMEÇAR
Para começar, é imprescindível diminuir o consumo de alimentos gordurosos, excluir frituras e utilizar pouco óleo na preparação dos alimentos. O consumo de doces, açúcar e fast foods também deve ser reduzido.
A SBC recomenda, ainda, a substituição de refrigerantes por sucos naturais e sugere que seja dada preferência a alimentos frescos e naturais. E não esqueça: os pais também devem seguir um modelo de dieta saudável e balanceada, como forma de incentivo e exemplo aos filhos.
Fontes: Sociedade Brasileira de Cardiologia e Portal da Saúde