• Início
  • Notícias
  • Confira as verdades e mentiras sobre a doação de órgãos e tecidos

Notícias

Confira as verdades e mentiras sobre a doação de órgãos e tecidos

Publicada em 21/07/2011 às 00h

Confira as verdades e mentiras sobre a doação de órgãos e tecidos

Quem está na fila de espera por um órgão para transplante sabe bem da angústia que é viver cada dia na expectativa de ser contemplado com uma nova chance de vida. Por outro lado, os avanços da medicina dão uma garantia cada vez maior de sucesso na recuperação dos transplantados e da não rejeição dos órgãos recebidos. Com isso, os transplantes cada vez mais se configuram como uma opção segura para quem se submete ao procedimento.

Apesar de o Brasil, nos últimos anos, ter desenvolvido uma notável capacidade técnica para a realização de transplantes, a quantidade de órgãos e tecidos doados ainda não é suficiente para atender à demanda das pessoas que aguardam por um órgão.

Segundo informações da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), o que mais impede um aumento do número de doadores ainda é a ausência de informação sobre a vontade do parente que morreu.

O Ministério da Saúde e instituições como a ABTO incentivam as pessoas a debaterem mais o assunto em suas casas, no trabalho, na escola, para que cada um possa ajudar a promover a doação de órgãos.

VERDADES E MENTIRAS

No Brasil, apesar de diversos avanços na área de transplantes, o número de doadores ainda é significativamente menor do que a necessidade de órgãos e tecidos a serem doados. Essa realidade pode ser explicada, em parte, pelos diversos mitos em torno do tema.

Confira abaixo as verdades e as mentiras sobre a doação de órgãos e tecidos. 

Para se tornar doador, não é preciso deixar nada por escrito.

Verdade: A comunicação verbal aos familiares é suficiente, uma vez que apenas a família pode autorizar a remoção de órgãos e tecidos para o transplante. As manifestações de vontade de ser doador após a morte que constavam no RG e na CNH perderam validade. 

A doação deixa o corpo deformado.

Mentira: Os órgãos e tecidos doados são removidos por meio de uma operação cirúrgica. Portanto, a doação não desfigura o corpo, que pode ser velado ou cremado normalmente. 

A família do doador precisa arcar com os custos relacionados à doação.

Mentira: O doador ou sua família não têm custos nem ganho financeiro, sendo apenas entregue uma carta de agradecimento pelo gesto solidário e humano. 

Quem arca com os custos da cirurgia é o paciente ou a própria família do doador.

Mentira: Os custos dos procedimentos relacionados ao transplantes são arcados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que também se responsabiliza pelo fornecimento, durante toda a vida, das medicações para evitar a rejeição do órgão transplantado.

 

Idosos ou pessoas que já tenham tido alguma doença não podem ser doadores.

Mentira: Todas as pessoas podem ser consideradas potenciais doadoras, independentemente da idade ou do histórico médico. O que determinará a possibilidade de transplante e quais os órgãos e tecidos poderão ser transplantados é a condição de saúde no momento da morte e uma revisão do histórico médico do paciente. 

Um único doador tem a possibilidade de salvar ou melhorar a qualidade de vida de mais de 20 pessoas. 

Verdade: E, hoje, 80% dos transplantes são realizados com sucesso no país. 

A grande maioria das religiões é favorável à doação.

Verdade: Todas as religiões pregam os princípios de solidariedade e amor ao próximo, que são as principais características do ato de doar. Até mesmo as religiões que são contrárias à transfusão de sangue não interferem na decisão de doação. 

Se os médicos souberem que um paciente quer ser doador, não vão se esforçar para salvá-lo.

Mentira: A equipe médica que atende uma pessoa na emergência não é a mesma que promove a retirada de órgãos para transplante. A primeira tem como prioridade salvar vidas e não tem conhecimento sobre a decisão do paciente e a segunda só atua depois de anunciada a morte e com o consentimento da família. 

Somente corações, fígados e rins podem ser transplantados.

Mentira: Órgãos necessários incluem coração, rins, pâncreas, pulmões, fígado e intestinos. Já os tecidos que podem ser doados incluem: córneas, pele, ossos, valvas cardíacas e tendões.

Seu histórico médico acusa que seus órgãos ou tecidos estão impossibilitados para a doação.

Mentira: Na ocasião da morte, os profissionais médicos especializados farão uma revisão de seu histórico médico para determinar se você pode ou não ser um doador. Com os recentes avanços na área de transplantes, muito mais pessoas podem ser doadoras.