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Compulsão alimentar pode levar a inúmeros problemas de saúde

Publicada em 04/09/2014 às 07h

Alimentos calóricos são os que mais provocam sensação positiva no corpo Alimentos calóricos são os que mais provocam sensação positiva no corpo

Identificar a fome emocional - ou compulsão alimentar - é o primeiro passo para tratá-la e evitar ingerir alimentos em excesso ou que não fazem bem ao organismo. Entretanto, saber que se tem o problema não é nada fácil.

O ato de comer é prazeroso por si só e causa em qualquer indivíduo a sensação de "gratificação". Os alimentos calóricos são os que mais provocam uma sensação positiva no corpo humano. Os ricos em gorduras e açúcares proporcionam um efeito maior e mais rápido na liberação de serotonina e endorfinas. Assim como no alívio da dor, quando existem analgésicos mais potentes do que outros, esse tipo de comida oferece uma ‘recompensa' mais efetiva do que os alimentos ricos em proteínas e fibras, que são menos saborosos e palatáveis.

Segundo o especialistas, a repetição desse hábito poderá levar, em médio e longo prazo, a consequências sérias como obesidade, diabetes e hipertensão, além de transtornos alimentares, como a bulimia nervosa e a compulsão alimentar, por exemplo.

Os indivíduos acometidos pelo Transtorno de Compulsão Alimentar Periódico (TCAP) costumam apresentar um comportamento repetitivo que altera o seu padrão alimentar habitual e os faz ingerir grandes quantidades de alimentos, num espaço de tempo não maior do que duas horas. Outra característica marcante é a ausência da sensação de culpa ou arrependimento, como também de atitudes purgativas como provocar vômitos ou fazer uso excessivo de laxantes. O termo ‘craving' (desejo ou vontade, em inglês) é o mais usado para definir o que acontece com os indivíduos que possuem o hábito de comer doces e chocolates para aliviar as tensões emocionais. Outros autores preferem o termo fome emocional,

A melhor maneira de prevenir esse hábito é não cometê-lo a primeira vez, entretanto, isso nem sempre é possível. A melhor solução para quem tem esse tipo de comportamento é buscar alternativas que proporcionem prazer e alívio do estresse, como atividades físicas, dança ou ioga. Essas seriam formas de lidar com situações de tristeza e ansiedade com um resultado bem mais saudável. Em casos mais extremos, a terapia cognitivo-comportamental é a melhor opção.

E não pense que somente emoções ruins influenciam o comportamento alimentar. A resposta do nosso organismo ao estresse, seja ele causado por emoções negativas ou positivas, é a mesma, ou seja, os hormônios que serão liberados na corrente sanguínea levam ao cérebro a informação de ameaça e ele, por sua vez, precisa se preparar para luta ou fuga. Nesse caso, há uma maior produção e disponibilidade de glicose (açúcar) no corpo e, por conta disso, há também mais insulina para fazer com que as células possam utilizar essa ‘energia'. O aumento da insulina gera mais ‘fome' e pode desencadear um episódio de compulsão alimentar.

Com informações da Unimed do Brasil