O tabagismo é responsável pelo desenvolvimento de algumas doenças cardíacas e respiratórias, além de causar diversos tipos de câncer. No Brasil, segundo o último levantamento do Ministério da Saúde, o percentual total de fumantes é de 9,1%, de pessoas com 18 anos ou mais. Nesta quarta-feira (31) é lembrado o Dia Mundial sem Tabaco. A data chama a atenção para o combate a esse mau hábito. Confira dicas do pneumologista e cooperado da Unimed João Pessoa, Sebastião Costa, para deixar o cigarro.
De acordo o pneumologista, o tratamento para deixar de fumar deve ser feito com acompanhamento médico e psicológico. Contudo, tudo parte da iniciativa da pessoa em querer deixar o hábito. “O primeiro passo é a decisão de parar. Depois, procurar ajuda, que pode ser pelo serviço público, que trabalha observando as duas dependências do tabagismo: dependência à nicotina, com produtos que reduzem muito a vontade de fumar; e a dependência psicossocial, vinculada as ansiedades, depressões, solidão e os estresses da rotina”, explica Sebastião Costa.
O médico lembra ainda que o tratamento inclui diversos profissionais para que o paciente tenha êxito e deixe o tabagismo. “Um psicólogo ou assistente social, através de trabalho com grupo de fumantes, é quem conduz essa parte. A junção das abordagens medicamentosa e psicossocial aumenta muito as chances de largar o cigarro”, completa.
Um dos efeitos que alguns pacientes sentem ao iniciar o tratamento para abandonar o cigarro é o ganho de peso. Porém, essa situação é considerada normal, segundo o pneumologista, uma vez que o processo de eliminação das toxinas do cigarro do corpo faz com que o organismo absorva melhor os nutrientes. “Mas, estudos indicam que de uma maneira geral o ex-fumante tende a ganhar apenas dois quilos, que podem muito bem ser neutralizados com uma dieta com menos calorias e ainda introduzir na sua rotina uma atividade física. Além disso, é de absoluta importância antes de iniciar o tratamento, que o tabagista avalie o seu perfil emocional”, recomenda.
