Quando uma pessoa precisa ficar internada, necessita de cuidados especiais e isso não se restringe apenas ao atendimento médico. A atenção voltada ao paciente se reflete também na alimentação. É por isso que, em hospitais, não é possível comer um “fast food”. Mas isso não significa que comida de hospital é tudo igual ou que não possa ter sabor. As equipes de nutrição hospitalar trabalham para aliar saúde e sabor e entregar pratos cheios de qualidade para os pacientes.
O coordenador de nutrição e produção da Unimed João Pessoa, Felipe Campos, explica que é natural achar que comida de hospital é sem graça. Isto porque, antigamente, era mesmo. Segundo ele, há muitos anos, grande parte dos hospitais não contava com equipes preparadas para desenvolver pratos gostosos e nutritivos, por isso as comidas eram insossas. “Hoje existem técnicas para deixar a comida mais apetitosa”, explica.
A Unimed João Pessoa, que possui em sua rede dois hospitais próprios (Hospital Alberto Urquiza Wanderley e Hospital Pediátrico), tem investido em melhorias nessa área. Recentemente, a área de nutrição passou por uma mudança com a finalidade de garantir uma melhor experiência aos pacientes, acompanhantes e corpo clínico. A proposta é de uma gastronomia diferenciada, com atendimento personalizado. “Estamos implantando, por exemplo, a gastronomia hospitalar, que faz com que a comida nutritiva servida no hospital seja, também, atrativa para olhos e boca”, explica Felipe Campos.
Ele informa que também foi adotado o “comfort food” na alimentação dos pacientes. “Comfort food é um conceito utilizado para descrever os pratos preparados com alimentos de valor sentimental para quem vai comer. Isso faz com que nossos pacientes sintam gosto de comida caseira nos nossos pratos”, conta.
ADEQUAÇÃO NUTRICIONAL
Além disso, no serviço de nutrição hospitalar da Unimed João Pessoa, os pratos são pensados de acordo com as necessidades de cada paciente. Embora os alimentos sejam oferecidos de maneira padronizada, o nutricionista clínico é responsável por visitar o paciente e realizar os ajustes necessários na dieta.
Cabe à equipe da nutrição clínica avaliar as necessidades nutricionais do paciente, prescrever sua dieta e acompanhar a aceitação. Isso garante que cada pessoa tenha direito a uma dieta pensada individualmente, fugindo da rotina hospitalar e provando que comida de hospital pode, sim, ser gostosa.
Pacientes, acompanhantes e corpo clínico têm reagido bem às novidades. A cliente Alice Soares Pereira elogiou a apresentação e o sabor dos pratos servidos. “Sempre sou muito bem tratada quando venho para o Hospital Alberto Urquiza Wanderley. Cada dia mais, me sinto como se estivesse em casa e a comida daqui tem contribuído muito para isso. É reconfortante receber uma comidinha gostosa”, comenta.