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Clientes do Materno-Infantil ganham um dia especial no Viver Melhor

Publicada em 27/05/2014 às 07h

Mariana com o filho Aristóteles nos braços, ao lado da mãe e da tia Mariana com o filho Aristóteles nos braços, ao lado da mãe e da tia

Em janeiro deste ano, quando participou pela primeira vez do Grupo Materno-Infantil da Unimed JP, Mariana de Almeida estava grávida de seis meses e cheia de dúvidas sobre os cuidados com o filho que estava para chegar. Quatro meses depois, ela mostra que o ofício é complexo e, muitas vezes, exaustivo; entretanto, muito compensador.

"Tenho ajuda do meu marido, da minha mãe e da minha tia. Eles me apoiam muito. Além disso, também coloco em prática tudo o que pesquisei e aprendi durante as reuniões do grupo. Faço tudo tranquilamente, sem medos: troco fraldas, amamento a todo momento, faço massagens e procuro passar calma e segurança para o meu bebê", explica Mariana, orgulhosa da nova tarefa que assumiu.

Engana-se, entretanto, quem pensa que Mariana é confiante em tudo. Algumas dúvidas ainda rondam a sua cabeça, principalmente em relação aos assuntos "esposa-mãe-marido". "Meu filho tem um mês ainda e tudo está voltado para os cuidados a ele. Mas, depois que eu voltar para o Maranhão, seremos só eu e o meu esposo, e teremos que enfrentar todas as situações sozinhos. Dá um medinho, né?", comenta Mariana.

Segundo a psicóloga do Viver Melhor - Espaço de Saúde e Bem-Estar da Unimed JP, Abgail Lopes, esse medo é normal no início, principalmente no que diz respeito à responsabilidade com o filho e a vida de esposa. "De uma maneira geral, a mulher vive vários sentimentos e dúvidas - ser mãe ou amante? sentir desejo ou medo? excitação ou rejeição? - e, normalmente, acaba por transferir para o recém-nascido todas as suas necessidades e expectativas, perdendo o interesse pelo parceiro", esclarece Abgail.

Segundo ela, os três primeiros meses após o parto ou o quarto trimestre, podem ser os mais desorganizados para a vida sexual do casal. Nesse caso, é preciso que os homens sejam compreensivos com a mulher e passem a ajudá-la no cuidado educativo e afetivo do filho. "Considerando a visão do marido, existe a dualidade entre esposa ou mãe. Na visão da mulher, surge a questão de como conciliar os papéis de mãe, esposa e profissional", aconselhou Abgail Lopes.

Mas, essa fase será passageira se os dois encararem a situação e se ajudarem. Aproximadamente um ano após o parto, a grande maioria dos casais apresenta uma frequência sexual semelhante à do período pré-gravídico. "Para isso, o casal precisa encarar a situação e se ajudar. Do contrário, poderão sofrer com a famosa ‘crise conjugal crônica'", finaliza a psicóloga Abgail.

DICAS IMPORTANTES

Retomar a vida sexual depois que o bebê nasce nem sempre é uma tarefa fácil para os novos pais. Confira, abaixo, as fases da mulher no pós-parto e vejam como resolver as dificuldades para alcançar novamente o sexo satisfatório.

1ª etapa - Sensações imediatas do pós-parto

Coincidindo com importantes modificações hormonais que ocorrem após o aparecimento do leite, algumas mulheres vivem sentimentos depressivos marcantes. É natural que os quadros de depressão pós-parto mereçam por vezes ajuda de um psicoterapeuta. Nestes casos, a questão sexual fica para segundo plano.

É mais provável que durante este tempo (1ª ou 2ª semana após o parto) não haja oportunidade para o encontro sexual, porém, isso não impede que o casal troque carícias, algo de extrema importância. As carícias, mesmo que não impliquem o ato sexual em si, podem ser retomadas imediatamente e devem fazer parte de todo o ciclo grávido-puerperal.

2ª etapa - 1 a 3 meses após o parto

Noites de sono interrompidas podem levar a um esgotamento físico. Consequentemente, o casal pode ter perturbações na vida sexual, sendo que muitas mulheres não têm interesse sexual no 1º ou no 2º mês após o nascimento da criança. O motivo, além do cansaço, pode estar relacionado à ação da prolactina (da lactação), que ainda diminui a lubrificação vaginal.

3ª etapa - a partir do 4º mês

Com a maternidade, algo se modifica para sempre na vida do casal. Está provado que a vida sexual de um casal com filhos "versus" casal sem filhos é muito diferente. Se sentirem que se tornou muito difícil de suportar, procurem a ajuda de um profissional médico, psicólogo ou sexólogo! No entanto, é essencial que tanto a mulher quanto o homem entendam esta fase e tentem contornar as dificuldades da melhor forma possível, com muito diálogo, carinho e paciência.

HOMENAGENS

Além de Mariana de Almeida, outras 20 recém-mamães e futuras-mamães (e seus companheiros) conversaram sobre o assunto, no último sábado (24), no Espaço Viver Melhor, no Bairro dos Estados. Realizado das 8h às 11h, o evento contou com a presença do presidente da Unimed JP, Alexandre Magno; do assessor de Provimento à Saúde, Genival Ferreira; e do assessor técnico da Promoção da Saúde, Hilário Freitas.

Clique aqui para ver as fotos.

A iniciativa teve como finalidade mostrar e ressaltar o quanto as mães são importantes e, claro, dar algumas dicas importantes para as participantes do Grupo Materno-Infantil (grávidas e as que já tiveram bebê).

Na ocasião, as participantes assistiram à palestra "Sexualidade no pós-parto", que foi ministrada pela psicóloga Abgail Lopes. A programação incluiu, ainda, dinâmicas, apresentação do Coral Jovem Unimed e sorteio de brindes de O Boticário.

GRUPO MATERNO-INFANTIL

O Materno-Infantil é um dos três Grupos de Educação em Saúde da Unimed JP. Totalmente gratuito, o projeto tem como finalidade orientar as mulheres (clientes da Unimed JP) para uma gravidez saudável. Os homens também participam de oficinas específicas, aprendendo como podem dividir as responsabilidades com as futuras mamães. A equipe multidisciplinar do grupo é formada por nutricionista, fisioterapeuta, psicóloga, assistente social e enfermeira. Para mais informações, clique aqui.