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Cigarro causa dependência com falsa sensação de liberdade no fumante

Publicada em 20/09/2010 às 13h

Irene Marinheiro Jerônimo aponta o painel que mostra jovem fumante Irene Marinheiro Jerônimo aponta o painel que mostra jovem fumante

Um prazer, mas mata mais que o crime. Leva à sensação de liberdade, mas destrói a saúde dos mais próximos e da pessoa sem deixar escolha. Acaba com o meio ambiente e, conscientemente, leva à morte. Fácil descobrir?

Muitas pessoas conhecem os malefícios ocasionados pelo cigarro. Mas por que não abandonar o vício? Se o que falta são imagens impactantes, as pessoas não devem deixar de conferir a exposição "Cigarro – Apague essa ideia", aberta nesta segunda-feira (20) na sede da Unimed JP e que ficará neste local por mais 15 dias.

Na exposição, estão reunidos 25 banners com imagens e textos que retratam as consequências do fumo sob vários aspectos: saúde, família, meio ambiente.

De acordo com um dos organizadores, o pneumologista Sebastião Costa, a ideia da exposição é conscientizar a população sobre os problemas ocasionados pelo cigarro, principalmente os malefícios para o fumante passivo. “Nós precisamos conscientizar a população sobre os seus direitos. Existe lei que proíbe fumar em determinados ambientes. Mas, muitas vezes a população não exige isso”, explicou.

Segundo o médico, na Paraíba existem 500 mil fumantes, o que torna o Estado o segundo no país no número de fumantes. Sebastião Costa disse que a exposição faz parte de uma série de ações da Sociedade Paraibana de Pneumologia e Tisiologia, com o apoio da Unimed JP, para reduzir a quantidade de fumantes na Paraíba. “Hoje em dia existem muitas formas para parar de fumar. Só não deixa quem não quer”, enfatizou.

A iniciativa na Unimed JP faz parte das ações de responsabilidade social relacionadas aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). A sétima meta é “Combater o HIV/Aids, a malária e outras doenças”.

PROMOÇÃO DA SAÚDE

Além de ver a exposição, as pessoas que passarem pela sede da Unimed JP, nesta segunda até as 17 horas, e que já tiveram em algum período da vida contato com o cigarro poderão realizar um teste de capacidade respiratória.

A professora Irene Marinheiro Jerônimo, que realiza um trabalho voltado para a Promoção da Saúde no Centro da Mulher 8 de Março, parabenizou a Unimed JP pela iniciativa. Segundo ela, que fumou durante 25 anos e há 15 anos parou de fumar, a exposição consegue retratar “com fidelidade” a vida e as consequências das pessoas que fumam.

Ela fez questão de apontar o painel que mais gostou, que retrata uma jovem fumante. “Acho que mostra bem o fumante, que se acha muito elegante, charmoso e não atenta para o mal que isso faz”, disse.

O funcionário público Celso Romero Dias, 64 anos, acha que a iniciativa da Unimed JP é muito importante para conscientizar as pessoas. Ele fumou por 10 anos e há 20 anos abandonou o cigarro “Eu ainda sofro com as sequelas deixadas pelo cigarro”, disse.

O aposentado Valdeci Tavares, 63 anos, fumou durante 25 anos e há 17 anos parou. Ele acredita que as pessoas não se conscientizam que o tabagismo é uma doença. “Para parar, a pessoa deve ter força de vontade e pedir ajuda a Deus”, disse.

MORTE CONSCIENTE

Anualmente, 200 mil pessoas morrem no Brasil por causa de doenças ocasionadas pelo cigarro. As principais doenças são câncer de pulmão, enfisema e bronquite.

Se somar as mortes decorrentes da tuberculose, AIDS, difteria, tétano, coqueluche e hanseníane, o resultado é menor do que o número de mortes que têm causa o cigarro.

Além disso, o cigarro mata mais também do que todos os tipos de mortes por violência no País.