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Cerca de 5,6 milhões de pessoas no Brasil são portadoras de diabetes

Publicada em 05/04/2006 às 01h

Pesquisas apontam que, em todo o mundo, existem cerca de 120 milhões de portadores de diabetes mellitus 2 - o tipo mais comum da doença - e a estimativa é de que em apenas cinco anos (em 2011) o número atinja 213 milhões. No Brasil, cerca de 5,6 milhões de pessoas são portadoras da doença. Destas, metade desconhece ter o problema porque não apresenta sintomas. Muitas vezes, só descobrem quando já desenvolveram algum complicação de saúde decorrente da doença. Como forma de prevenção, a orientação dos especialistas é que pessoas com histórico familiar de diabetes, sedentárias e que estejam com excesso de peso procurem o endocrinologista para realização de exames que detectam a doença. Quanto mais breve o diagnóstico, mais eficaz será o controle. A endocrinologia Luciana Marques Araújo esclareceu que mesmo quem não tem antecedentes familiares deve se cuidar. Após os 45 anos, a recomendação é que todo mundo faça o exame para verificar os níveis de glicose no sangue pelo menos uma vez ao ano. Entre os sintomas do diabetes estão perda de peso, fadiga, sede excessiva, tontura, mal-estar ou desmaio e urina em demasia sem causa aparente. Os especialistas lembram que manter uma vida saudável, com alimentação adequada e prática de exercícios físicos, retarda o desenvolvimento da doença. A DOENÇA O diabetes mellitus é uma doença crônica de caráter permanente, resultante do mau funcionamento do pâncreas. Este órgão reduz ou pára de produzir a insulina, hormônio responsável pela queima de glicose, uma substância presente nos alimentos, particularmente nos doces e massas. Isto ocorre por motivos hereditários, familiares, obesidade, gravidez, estresse físico ou emocional, ou ainda por fatores relacionados com a idade. O diabetes se divide em 1 e 2 . O tipo 1 pode surgir logo no início da vida ou se manifestar até a fase adulta jovem. Sua característica principal é a incapacidade total do pâncreas de produzir insulina e o paciente precisa tomar insulina todos os dias, permanentemente, para ter uma vida saudável. O tipo 2 é o mais comum e geralmente se manifesta em idades mais avançadas. Na maioria das vezes, o pâncreas ainda é capaz de produzir um pouco da insulina necessária para a queima da glicose, mas não o suficiente para garantir as funções regulares. Nestes casos, é necessário que o paciente faça uso de medicamentos que irão desempenhar as funções que o pâncreas já não consegue realizar sozinho. O CONGRESSO De 6 a 8 de abril, no Hotel Tambaú, em João Pessoa, será realizado o 1º Congresso Paraibano de Diabetes. O evento vai reunir especialistas da Paraíba e outros estados brasileiros, que discutirão na Capital as principais novidades sobre a doença, apresentadas em congressos mundiais realizados no início do ano na Europa e Estados Unidos. Durante o Congresso, será realizado um encontro onde portadores de diabetes mellitus poderão esclarecer dúvidas com especialistas sobre como conviver melhor com a doença. O evento contará com a participação de médico, psicólogo, nutricionista e enfermeiro e será realizado a partir das 14h30, no último dia do Congresso (8). Para os diabéticos, a inscrição é grátis e pode ser feita pelo telefone 9961-4091. O Congresso é uma promoção da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e conta com o apoio da Unimed JP, Unicred JP, Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) e Conselho Federal de Medicina (CFM).