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Casos de Alzheimer têm crescido pelo mundo; saiba alguns mitos

Publicada em 06/06/2013 às 11h

Casos de Alzheimer têm crescido pelo mundo; saiba alguns mitos

De repente, a pessoa esquece onde deixou as chaves do carro, o nome de um conhecido, a conversa que teve pela manhã. Com o tempo, esses esquecimentos se tornam mais frequentes e outras funções são comprometidas: a pessoa não lembra o caminho de volta para casa, confunde datas, liga o chuveiro e sai do banheiro, não consegue fazer uma tarefa rotineira. Esses são os primeiros sinais de alzheimer, uma doença que está se tornando cada vez mais comum.

De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), a doença de alzheimer afete atualmente entre 24 e 37 milhões de pessoas. Esse número está crescendo a cada ano e, segundo estimativas da organização, pode chegar a 115 milhões de pessoas até 2050. No Brasil não existem dados precisos sobre quantas pessoas têm a doença, mas a OMS estima que seja algo em torno de um milhão.

O alzheimer é o tipo mais comum de demência, que é a perda ou redução progressiva das capacidades cognitivas - ou seja, do processo que envolve atenção, percepção, memória, raciocínio e linguagem, entre outros. Essa perda ou redução pode ser parcial ou completa, permanente ou momentânea. De qualquer forma, ela pode comprometer essas capacidades cognitivas a pondo de provocar a perda de autonomia da pessoa.

Outras demências comuns são a vascular e a com corpos de Lewy. A primeira, como o nome diz, é causada por uma doença vascular encefálica (como um acidente vascular cerebral isquêmico). Já a demência com corpos de Lewy é caracterizada pela presença de agregados proteicos (os corpos de Lewy) nos neurônios.

MITOS

Confira alguns mitos e verdades sobre a doença:

- O primeiro sintoma do alzheimer é a perda da memória MITO: não é apenas a perda da memória que sinaliza o alzheimer. A doença atinge inicialmente a parte do cérebro que controla a linguagem, a memória e o raciocínio, outros sintomas podem indicar sua chegada. Esquecimentos persistentes de fatos recentes, recados, compromissos, dificuldades com planejamento de atividades, cálculos, controle das finanças, desorientação no tempo e no espaço, dificuldade de executar tarefas rotineiras e alterações de comportamento (como comportamentos inesperados, inadequados, incomuns para aquela pessoa) são os primeiros sinais da doença de Alzheimer

- Quem tem este mal esquece coisas que acabaram de acontecer, mas lembra fatos antigos. VERDADE: as primeiras alterações sofridas pelos pacientes é na memória recente, ou seja, a pessoa tem dificuldade de recordar eventos que acabaram de acontecer, mas consegue se lembrar sem problemas de algo que aconteceu na infância, por exemplo. A doença afeta primeiramente o hipocampo, por isso as pessoas experimentam dificuldade em recordar fatos recentes, mas se lembra do que aconteceu muitos anos atrás.

- Quem tem alzheimer não consegue compreender o que se passa ao seu redor. MITO: a pessoa com a doença, apesar das dificuldades de memória e dos outros sintomas, se mantém consciente do que acontece ao seu redor. Apenas nos estágios avançados isso pode mudar. Há que se ressaltar que, embora precise de cuidados, o idoso com alzheimer não passa a ser uma criança. Ele continua sendo fonte de sabedoria e experiência e merece o respeito antes dispensado a ele e tem que ter garantido seu papel e espaço nas relações familiares.

- Doenças cardiovasculares aumentam o risco de desenvolver a doença. VERDADE: doenças cardiovasculares e cerebrovasculares podem aumentar o risco de vários tipos de demência e também da doença de alzheimer. Assim, é importante o diagnóstico e seguir as orientações do profissional de saúde, tratando qualquer tipo de doença, e principalmente mudando em qualquer idade a maneira de viver.

- Esquecer as coisas significa ter o mal de Alzheimer. MITO: problemas de memória podem estar relacionados a diversos fatores, como outras demências, ou até mesmo estresse e depressão. Além disso, a doença de alzheimer vai atingir as memórias recentes, enquanto memória de fatos acontecidos há mais tempo (como na infância) são preservadas. A pessoa com alzheimer tem sua memória de curto prazo comprometida, demonstrando dificuldade cada vez maior de memorizar, de registrar novas informações, de aprender coisas novas. No entanto, sua memória episódica, ou seja, de longo prazo, está preservada.

Com infromações do Portal Uol