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Cardiologistas discutem tratamento e prevenção de doenças em simpósio

Publicada em 23/10/2010 às 13h16

O evento atraiu dezenas de profissionais e estudantes da área da saúde O evento atraiu dezenas de profissionais e estudantes da área da saúde

Profissionais e estudantes da área da saúde participaram na manhã deste sábado (23) do Simpósio de Fatores de Risco nas Doenças Cardiovasculares. O evento, promovido pela Coordenação de Capacitação  Técnico-Científica da Unimed JP, ocorreu no Hotel Littoral, no Cabo Branco, das 8h às 12h.

A atividade começou na noite de sexta-feira (22), com a presença do secretário de Responsabilidade Social e Desenvolvimento Humano, André Pacelli, e do coordenador de Capacitação Funcional, Fernando Florêncio, que representou a Diretoria Executiva da Unimed JP.

PALESTRANTES

Cardiologistas paraibanos e de outros Estados foram convidados para debater o assunto. As palestras deste sábado começaram por volta das 8h. O primeiro ministrante foi o especialista de Pernambuco, Sérgio Montenegro. Ele abordou a tema “A visão do cardiologista clínico”.

Em seguida, foi a vez do médico Fúlvio Soares Petrucci destacar as formas de tratamento das doenças do coração. Ele explicou as vantagens e desvantagens da cirurgia cardíaca e da angioplastia (procedimento que, em 90% dos casos, consiste na colocação de stent no coração).

“A cirurgia é mais invasiva, tem recuperação mais lenta. Já a angioplastia é menos invasiva e a recuperação é mais rápida. Porém, pesquisas mostram que a paciente submetido à angioplastia apresenta índice maior de reintervenção. Ou seja, precisa realizar outros procedimentos clínicos. Mas o que indica qual procedimento será adotado é a situação do paciente”, declarou.

CIRURGIA

Maurílio Onofre Denninger foi o terceiro palestrante da manhã. Apresentando pesquisas, ele disse que a recuperação das pessoas que fazem cirurgia tende a piorar, caso elas tenham realizado a angioplastia antes.

“O stent colocado interfere no resultado da cirurgia. O paciente submetido à colocação de stent prévio tem resultado pior em relação àquele que não fez angioplastia”, observou.

O médico do Instituto do Coração de São Paulo, Carlos Serrano, veio a João Pessoa para participar do simpósio. Lembrando o trabalho do “Dr House”, protagonista de um seriado televisivo, especializado em tratar doenças raras, Serrando afirmou que o cardiologista não pode errar o diagnóstico. “Quando o paciente chega, apresentando fatores de risco e reclamando desconfortos, o médico precisa confirmar ou afastar a suspeita de infarto”, observou.

INTUIÇÃO

Segundo o especialista, o sintoma mais comum do infarto, a dor no peito, pode confundir o profissional. É que esse sintoma é gerado também em casos de problemas no esôfago e gastrointestinais. No entanto, há situações em que o paciente está, de fato, enfartando, mas não mostra sinais.

Nesse momento, conhecimento, experiência e intuição do médico podem decidir entre a vida ou morte do paciente. “Limitações do eletrocardiograma podem não mostrar a alteração. Mas o doente reclama de dor no peito e o médico se convence que se trata de infarto, não se deve esperar. Com dor ou sem dor, é preciso garantir o tratamento adequado”, acrescentou Serrano.

Após uma pausa para o coffe breack, os participantes assistiram à palestra do médico Helman Campos Martins. Ele abordou o uso correto dos medicamentos e disse que a aspirina é a mais importante droga no tratamento das cardiopatias.

Campos também salientou que o socorro ao enfartado precisa ser rápido, porque à medida que o tempo passa, as áreas do coração vão sendo lesionadas. “A mortalidade aumenta em proporção linear ao tempo passado até o devido tratamento. Por isso, dizemos que tempo é vida”, ressaltou.

PREVENÇÃO

A última palestra do simpósio foi a do cardiologista Guilherme Mendes. Mostrando as formas de prevenção das doenças, ele explicou a importância do controle dos fatores de risco, como tabagismo, obesidade e consumo em excesso de sal, gordura e álcool.

O médico ainda recomendou a prática de atividade física, por 30 minutos, durante sete dias na semana e o consumo de vegetais e peixes. Essas orientações devem ser feitas, principalmente, a quem estiver com a circunferência da cintura acima dos limites considerados saudáveis.

“Mulheres com mais de 89 centímetros e homens acima de 102 centímetros de circunferência devem ser orientados a perder, pelo menos, 10% do peso e ir aumentando essa meta à medida que emagrece”, destacou.