Todos os anos 11 milhões de bebês morrem de causas diversas. É um número escandaloso, mas que vem caindo desde 1980, quando as mortes somavam 15 milhões. O Brasil, por exemplo, reduziu a mortalidade infantil (crianças com menos de um ano) de 4,7% em 1990 para 2,5% em 2006.
Por região, o Nordeste apresentou a maior queda nas mortes de zero a cinco anos, embora a mortalidade na infância ainda seja quase o dobro da média nacional, de acordo com o relatório Situação Mundial da Infância 2008, do Unicef.
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil conseguirá reduzir em dois terços os índices de mortalidade infantil e atingirá uma das metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (OMD) em 2011 – quatro anos antes do prazo. O índice geral brasileiro será 14,4 mortes para cada grupo de mil crianças menores de um ano de idade. A queda na taxa de óbitos infantil superou a fixada pela ONU, que era de 2,9%. Atualmente, a taxa brasileira de mortalidade infantil cai, em média, 5,2% ao ano, quase o dobro da proposta original.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) chama a atenção para a importância da educação da mãe quando se fala de mortalidade infantil. O estudo mostra que filhos de mulheres com até três anos de estudo têm 2,5 vezes mais risco de morrer antes dos cinco anos do que os de mulheres com oito anos ou mais de estudo.
No país todo, a taxa de mortalidade foi de 49,3 mortos para cada mil nascidos vivos para crianças cujas mães tinham até três anos de estudo. No grupo em que as mães tinham oito anos ou mais de estudo, a taxa foi de 20, uma diferença de 147%. No Nordeste, a taxa entre mães de baixa instrução foi a maior: 70 mortos por mil nascidos vivos.
(Com informações da Folha Online e do Portal Aprende Brasil)
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