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Botulismo pode matar se houver demora no diagnóstico e tratamento

Publicada em 13/09/2007 às 15h48

O botulismo é desencadeado por uma toxina da bactéria Clostridium botulinum, presente em alimentos contaminados ou mal conservados. O ambiente propício para sua proliferação é sem oxigênio. Os alimentos embalados a vácuo e enlatados são os mais vulneráveis para que o microrganismo se modifique e produza a toxina.

De acordo com especialistas, o principal problema é a demora do diagnóstico, pois, como a doença é rara, os médicos dificilmente suspeitam dela em um primeiro momento. Se identificada, existe uma anti-toxina que ajuda na recuperação do paciente, quando está disponível. A morte ocorre em cerca de 4% a 25% dos casos.

Os primeiros sintomas são percebidos rapidamente, em média, de 12 a 72 horas após a ingestão do alimento contaminado. Os sinais começam a surgir quando a pessoa fica com a visão dupla (diplopia), tem queda das pálpebras (ptose palpebral), apresenta fraqueza na face e sente dificuldade de engolir (disfagia). Em seguida, surgem dificuldade de respirar, fraqueza dos membros e interrupção da eliminação de fezes.

A qualidade dos alimentos consumidos é a melhor forma de se prevenir da doença. Os especialistas orientam a evitar alimentos mal esterilizados e produtos em condições de proliferação favorecida da bactéria. As comidas mais freqüentemente envolvidas no botulismo são as enlatadas caseiras de frutas e vegetais. Peixes crus e mal defumados também podem possuir a toxina. O produto que possui mais incidência da toxina é o palmito, principalmente quando preparado de forma precária e, em geral, retirado clandestinamente.

CUIDADO COM CRIANÇAS

Os riscos de contágio em crianças podem ter conseqüências ainda piores. Existe um tipo particular de botulismo que se desenvolve na infância. O resultado é a produção da toxina no corpo da criança, mais precisamente no intestino, após ingerir alimento contaminado com a bactéria do botulismo. A principal forma de ingestão é por meio do mel e os médicos recomendam que até os 11 meses de vida o bebê não o consuma. (Fonte: Unimed Brasil)