A obesidade não é um problema só de gente grande. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera esse um dos desafios de saúde pública mais graves deste século, e entre as preocupações está o crescimento do número de crianças obesas e como isso vai influenciar na sua fase adulta.
A obesidade infantil é caracterizada quando o peso corporal está acima de 15% do peso correspondente para a idade. Estão nesta condição 124 milhões de crianças e adolescentes, segundo a mais recente estimativa feita pela OMS e pelo Imperial College London. E de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Pediatria, quatro em cada cinco crianças obesas permanecerão obesas quando adultas, o que colabora para o risco de diversas doenças crônicas, como diabetes e pressão alta.
A condição de obesidade pode se desenvolver ainda na fase intrauterina e diversos fatores podem contribuir para o sobrepeso na infância e na adolescência. Maus hábitos alimentares, sedentarismo e genética são os principais deles.
E o que os pais podem fazer para ajudar a combater o sobrepeso nos pequenos? Há vários tratamentos para a obesidade infantil, indicados com avaliação profissional, mas tudo começa pela mudança de hábito. Listamos algumas ações do dia a dia que podem influenciar diretamente no controle do peso das crianças e adolescentes.
REEDUCAÇÃO ALIMENTAR
O consumo de mais alimentos saudáveis e menos alimentos ricos em açúcares e gorduras figura como a base da reeducação alimentar. Vale optar por alimentos integrais, expandir a variedade de frutas e verduras em casa e prestar atenção para servir porções adequadas ao tamanho do seu filho.
PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA
Estimular a prática de exercícios desde cedo ajuda no controle do peso e aumenta as chances de que a criança mantenha esse hábito futuramente. Procure atividades e brincadeiras que seu filho goste de fazer. Participar com ele desses momentos pode ser um bom incentivo.
CONTROLE NA EXPOSIÇÃO ÀS TELAS
Fique de olho no tempo exagerado que a criança fica exposta às telas dos computadores, tablets e celulares, pois isso pode repercutir em um estilo de vida sedentário. A Academia Americana de Pediatria recomenda que crianças entre 2 e 5 anos não fiquem mais do que uma hora em frente às telas, limite que pode aumentar proporcionalmente com o passar da idade.
QUALIDADE DO SONO
Estudos apontam que crianças que dormem mal tendem a se alimentar de forma irregular, uma vez que o sono insuficiente pode desregular hormônios que controlam o apetite. Os pais devem garantir que os pequenos durmam pelo menos nove horas por noite.
CRITÉRIO NO USO DOS MEDICAMENTOS
Pesquisas recentes também sugerem que alguns antibióticos podem interferir no metabolismo das crianças e aumentar os riscos de obesidade infantil, por isso, o uso deve ser criterioso. Remédios, só com prescrição médica.
ESTÍMULO AO ALEITAMENTO MATERNO
O gesto tão natural de amamentar, além garantir todos os nutrientes necessários para os primeiros meses da criança, também ajuda a prevenir a obesidade infantil. O Ministério da Saúde recomenda que o bebê receba exclusivamente leite materno até os 6 meses. A amamentação pode continuar até os 2 anos ou mais e, nesta fase, deve ser complementada com outros alimentos.
DAR O EXEMPLO
Se muitas vezes é difícil convencer os filhos a adotar bons hábitos, é válido estar atento aos próprios costumes e aos exemplos que você está dando para eles. Os pequenos tendem a se espelhar nas ações dos pais e, se você cultivar hábitos saudáveis, eles podem seguir os seus passos.
Com informações da Unimed do Brasil