Parar de fumar faz bem à saúde e melhora a qualidade de vida. Isso é fato. O que muita gente não sabe é que o corpo reage de forma instantânea e os benefícios de largar o cigarro já podem ser observados nos primeiros minutos. E você, ainda não parou? Então, confira como essa decisão pode ajudá-lo a viver mais e melhor.
Para se ter uma ideia, após 20 minutos sem fumar, a pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal; duas horas depois não há mais nicotina no sangue. E essas mudanças são gradativas. Com dois dias longe do fumo, o indivíduo percebe melhor os cheiros e já degusta a comida com mais sabor.
Se continuar bem longe desse hábito maléfico, depois de cinco ou 10 anos, o risco de a pessoa que parou de fumar sofrer infarto pode ser comparado a de quem nunca fumou. Sem contar que, com o passar do tempo, o desânimo, o cansaço e a indisposição desaparecerem.
É fácil conseguir? Para muitos, não. Algumas pessoas necessitam de apoio profissional para largar o vício. Outras já conseguem deixar de fumar sozinhas, buscando atividades diferentes, planejando e evitando situações que possam associar o fumo à sua rotina.
Uma boa dica é preencher o tempo com atividades que realmente goste de fazer. Investir em exercícios físicos, caminhadas em lugares agradáveis ou na prática de esporte é fundamentar para alcançar o objetivo final: parar de fumar. Nesse processo, o importante é cuidar do corpo e da mente. Portanto, encontre com amigos, vá ao cinema, namore, leia, dance. Tudo isso, pode ajudá-lo na luta contra o fumo.
COMBATE AO TABAGISMO
As estatísticas apontam para uma redução de tabagistas no Brasil, mas, mesmo assim, há a necessidade de se investir pesado na prevenção para conscientizar, principalmente, os jovens sobre os males do fumo.
"O fumante adulto, devidamente conscientizado, a cada dia procura um recurso para largar o cigarro, mas de cada dez novos fumantes, nove estão inseridos no segmento etário abaixo dos 19 anos de idade", revelou o pneumologista Sebastião Costa.
Essa realidade fez com que o Comitê de Controle do Tabagismo da Associação Médica da Paraíba (AMPB) desenvolvesse, este ano, ações com foco nos jovens, para comemorar o Dia Nacional de Combate ao Tabagismo, celebrado no último sábado, 29 de agosto.
Para lembrar a data, em João Pessoa, foram realizadas atividades em escolas e espaços públicos para despertar nas crianças e adolescentes a consciência de que o cigarro atinge diretamente o seu desempenho esportivo, escolar e a sua qualidade de vida.
AÇÃO PARA OS CLIENTES
E como não poderia deixar de ser, a Unimed João Pessoa também abraçou essa causa. A Cooperativa médica montou uma programação especial para conscientizar os clientes sobre os males que o fumo causa ao organismo. A atividade foi realizada na sexta (28), na recepção da operadora, na Torre, pela manhã e à tarde.
Na ocasião, os clientes tiveram oportunidade de ver uma exposição que mostrava partes do corpo humano comprometidas pelo fumo. Eles também receberem material educativo com informações sobre tabagismo e orientações de como parar de fumar.
Quem aprovou a iniciativa da Cooperativa médica foi o aposentado João Antônio Marinho Falcão, 59 anos, que fumou por muitos anos. "Gostei bastante da iniciativa, principalmente, para que as pessoas vejam o que o cigarro causa ao organismo", disse João Marinho. Ele largou o vício há 20 anos e ganhou mais qualidade de vida. "Foi a melhor coisa que fiz", ressaltou.
O aposentado fumava três carteiras de cigarro por dia e só largou o vício depois que teve um infarto e estava com seus pulmões comprometidos. "Tudo era motivo para fumar. Já tinha virado uma válvula de escape. Graças a Deus, tive muita força de vontade para parar, e digo a qualquer fumante que busque fazer isso. Sempre há tempo", aconselhou o Antônio Marinho.
VOCE SABIA?
- No Brasil, o tabagismo é responsável por 200 mil mortes por ano. Na Paraíba, o cigarro mata cerca de 2.500 pessoas anualmente.
-Cerca de 4.720 substâncias tóxicas existentes na fumaça do cigarro trazem risco à saúde.
- O fumante tem 10 vezes mais chance de adoecer de câncer de pulmão e cinco vezes mais de sofrer de bronquite crônica e enfisema pulmonar.