Vivenciar a maternidade é um sonho para muitas mães. E, ao saber que um bebê está para chegar, começam as dúvidas, planejamentos e ansiedade para que tudo aconteça da melhor forma, tanto para a mãe quanto para a criança. Entre as inquietações que podem surgir para a gestante está o tipo de parto que vai trazer o filho ao mundo. Cesárea ou natural? A ginecologista e obstetra Yara Villar, coordenadora médica do Hospital Alberto Urquiza Wanderly (HAUW), explica como a mulher deve se preparar para esse momento e o que considerar nesta escolha.
Quando a mulher decide o melhor momento para engravidar, os preparativos devem começar pelo menos três meses antes da concepção do bebê. São ações simples que antecedem o pré-natal e que serão muito importantes para reduzir os riscos à saúde tanto da mulher quanto do feto. “O ideal é a mulher procurar o seu ginecologista antes de engravidar. Três meses antes tomar ácido fólico, que é importante para a boa formação do feto. Durante o pré-natal, é conversado muito com a mulher e retirados os seus medos e dúvidas sobre a gravidez”, esclarece a médica Yara Villar. Esse momento tem uma importância fundamental. “Cabe ao obstetra assegurar à mulher que o bom parto está ligado a um bom pré-natal. E é no momento da consulta que se deve tirar todas as dúvidas. O segredo de um pré-natal bem feito reflete num bom parto”
Outra dica da obstetra é ensinar a gestante a calcular o tempo da gestação em semanas, o que também influencia no tipo de parto que poderá ser feito, conforme as condições da mãe e do feto. “Explicar que, se parto normal, pode esperar até 41 semanas sem nenhuma intervenção. Se cesariana for a via de parto de preferência da mulher, a partir de 39 semanas pode-se agendar a cesárea eletiva, podendo na época postergar ou antecipar a data do parto a depender da evolução da gravidez”, detalha Yara Villar.
PARTO NATURAL OU CESÁREA
Não se trata de escolher o melhor parto, mas do procedimento mais adequado às condições de saúde da mãe e do feto. Há casos em que a gestante passa toda a gravidez sem problemas de saúde e realmente pode optar pelo parto natural ou cesariano. Mas, há outros em que o tipo de parto que será feito poderá mudar ao longo da gestação, caso esta seja de alto risco ou a mãe ou o feto não tenham condições para um parto natural (ou vaginal). O importante é que a humanização e respeito aos pacientes prevaleçam.
“Mesmo aquelas que querem fazer a cesariana, a gente só pode realizar após as 39 semanas. Esclarecemos também para que elas se preparem para um parto normal, porque pode romper a bolsa, o trabalho de parto ser muito rápido e ela pode chegar ao hospital com uma dilatação já avançada. Então, preparar a gestante para que seja um parto normal, um parto fisiológico”, esclarece a médica.
O parto seguro deve estar à frente em qualquer situação. “Quanto aquela paciente que deseja um parto normal, lembramos que esse tipo de parto é normal desde que traga bem-estar para mãe e o feto. A partir do momento em que há uma alteração na frequência cardíaca do feto, insuficiência de rotação, qualquer outra coisa que coloque em risco a vida do bebê ou da mãe, a gente tem que intervir”, orienta a médica.
ATENDIMENTO HUMANIZADO
A obstetra Yara Villar lembra que até a realização do parto todos os procedimentos que serão realizados, desde o pré-natal até o momento da chegada do bebê, devem ser esclarecidos à mulher, informando principalmente os motivos das decisões tomadas sobre prescrição de medicamentos, cesarianas, entre outras intervenções que podem ser feitas. “O mais importante ainda é ressaltar que a assistência humanizada ao parto tanto deve existir em uma cesariana ou no parto normal”, destaca a médica.
Ainda dentro da assistência humanizada, ao saber o parto pelo qual vai passar, a gestante recebe todas as orientações, desde a ambientação da sala onde será feito o procedimento, os profissionais que estarão na equipe e quem ela poderá escolher para vivenciar o momento. “Na assistência humanizada, a gente deixa sempre a paciente, no parto vaginal, escolher a posição de parir, mostramos os vários tipos de posições para ela. Queremos que a paciente seja a protagonista do seu parto. Ela pode ter ao lado uma doula, o companheiro, que é importante, e a obstetra que ela escolheu juntamente com a equipe de enfermagem. A fisioterapia também é muito importante no parto humanizado”, frisa Yara Villar.
ESTRUTURA DA MATERNIDADE DO HAUW
Para as clientes, a Unimed João Pessoa disponibiliza a Maternidade Josvaldo Rodrigues Ataíde, que conta com uma estrutura moderna para atender gestantes de risco habitual e alto risco, além de realizar procedimentos ginecológicos. A equipe inclui obstetras, pediatras, anestesiologistas, enfermeiras obstétricas, fisioterapeuta obstétrica e técnicas em enfermagem.
A unidade, que fica no Hospital Alberto Urquiza Wanderley, dispõe de 16 leitos, 2 salas de pré-parto e parto humanizado, equipadas conforme estabelecido no Programa Parto Adequado do Ministério da Saúde).
Caso seja necessário, os bebês contam com o suporte de uma Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal (UCIN) e uma Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal (UTIN). Além disso, as mães também dispõem da estrutura do Centro de Terapia Intensiva.
As mães e os pais contam também com o Espaço Maternar, um ambiente humanizado onde podem descansar casos os bebês precisam ficar internados na UTI. A maternidade dispõe ainda de um posto de coleta de leite humano.
INFECÇÃO ZERO
A maternidade mantém um rigoroso controle de infecção hospitalar. Como resultado, nenhum caso foi registrado em 2022. O trabalho de controle da infecção é divulgado e acompanhado mensalmente pelo boletim emitido pela equipe de Serviço de Controle de Infeção Hospitalar (SCIH).