Apesar de parecerem inofensivas, as águas-vivas podem provocar queimaduras leves e até irritações graves quando entram em contato com a pele humana. Este animal marinho quase transparente e com consistência gelatinosa também é conhecido por medusa e pertence ao grupo dos cnidários. Na costa brasileira não existem espécies que levem à morte, mas em outros países, a exemplo da Austrália, há registros de casos fatais.
As águas-vivas possuem células especiais chamadas de cnidoblastos, que liberam uma substância urticante que acaba irritando a pele. No Brasil, as espécies que possuem ação tóxica sobre o homem são a Chiropsalmus quadrumanus (de pequeno porte e encontrada no litoral do Nordeste) e Tamoya haplonema (animais maiores, normalmente encontrados em mar-aberto).
Outro animal, confundido com a água-viva é a caravela, que possui tentáculos que podem medir até três metros de comprimento. As caravelas vivem em mar aberto e as correntes marinhas acabam arrastando estes animais até as praias. Se os tentáculos destes animais entrarem em contato com a pele humana, podem causar inchaço, vermelhidão, muita dor e coceira.
COMO PROCEDER
No caso de alguém ser atingido por uma água-viva ou caravela, veja abaixo como proceder:
- Lave imediatamente a área com água do mar ou vinagre. Essa medida contribui para evitar um rompimento ainda maior desses nematocistos (espécie de bexiga observada na superfície do corpo do animal) e para atenuar o processo inflamatório;
- A água doce não é recomendada. A mudança de ph faz com que as células urticantes explodam, agravando a queimadura;
- Não use nenhuma substância caseira, como óleos ou pastas de dentes;
- Não é indicado o uso de anestésicos, anti-histamínicos e antibióticos tópicos e tampouco outros medicamentos sem orientação médica;
- Encaminhe a vítima ao pronto-socorro mais próximo;
- Lembre-se que só um médico poderá avaliar adequadamente o quadro clínico da vítima.
(Com informações da Unimed Brasil)