Você chega em casa estressado após um dia exaustivo. Abre a porta e é recepcionado por um pequeno ser eufórico, que o recebe com a alegria de quem passou tempo demais sem vê-lo e, entre lambidas e latidos empolgados, renova sua energia com uma expressão de carinho contagiante.
Seja um cachorro, um gato ou uma tartaruga, um animal de estimação pode influenciar positivamente no ambiente doméstico e sua companhia inclusive pode ter efeitos terapêuticos. E isso vale para adultos e crianças.
A Sociedade Brasileira de Pediatria concorda que a convivência com os pets pode contribuir para o desenvolvimento das crianças. Os estímulos no cérebro influenciam na formação de conexões neurológicas e as habilidades motoras também são aperfeiçoadas.
INTERAÇÃO
Os benefícios ainda englobam aspectos emocionais e educativos. Pesquisas sugerem que a interação com animais de estimação pode reduzir os níveis de cortisol, o chamado “hormônio do estresse”, diminuindo as respostas de ansiedade e estresse devido à liberação de oxitocina.
- Melhora as habilidades motoras
- Ajuda na redução da ansiedade
- Contribui para o alívio do estresse
- Ajuda a elevar a autoestima
- Estimula a interação social
- Melhora a capacidade afetiva
- Contribui para o aprendizado sobre responsabilidade e respeito
TRATAMENTO
O bem-estar que a convivência com animais de estimação pode proporcionar vai além do ambiente doméstico e invade hospitais e instituições assistenciais. Os pets têm sido grandes aliados em tratamentos terapêuticos, repercutindo no bem-estar físico, mental e emocional de pacientes.
Essa interação é intitulada Terapia Assistida por Animais (TAA). Mas as intervenções também podem ter fins motivacionais, recreativos ou educativos, direcionando-se, assim, para cada objetivo e faixa etária.
A interação com um cachorro, por exemplo, pode reduzir significativamente a dor, a ansiedade e a fadiga em pacientes que enfrentam tratamento contra o câncer. Outro exemplo, a equoterapia, que promove atividades com cavalos, auxilia na reabilitação de crianças com disfunções motoras. Pesquisas também associaram o convívio de crianças autistas com animais à melhora de suas habilidades sociais.
COMO ESCOLHER
Na hora de decidir adotar um pet, é importante que a família leve em consideração alguns fatores:
Adequação ao seu lar e estilo de vida
Se você mora em um apartamento e passa muito tempo fora, pode não ser uma boa ideia adotar um cachorro de grande porte, que precisa de espaço e da sua disponibilidade para passear com frequência. Gatos, por exemplo, podem se adequar melhor a esse perfil.
Atenção à personalidade do animal
Considerando a interação com crianças, é importante que o pet seja dócil e afetivo.
Limitações
Se a criança tem alergias, o ideal é consultar um médico para avaliar se ela pode ou não adotar cães ou gatos, por exemplo. Se houver essa limitação, a família também pode optar por espécies que não causem reação alérgica, como peixes e tartarugas.
Consciência sobre as responsabilidades
Adotar um animal implica cuidados de alimentação, higiene, saúde, segurança e bem-estar do pet e da família.
Crianças orientadas
É fundamental orientar os pequenos em relação a como agir com os pets, sendo cuidadosos e amorosos com os animais, colaborando com os cuidados. Especialmente para as crianças menores, a interação com os animais deve ser supervisionada.
Com informações da Unimed do Brasil