Em vez de um cabelo liso e sedoso, alguns poucos fios que caem sem parar. Este pode ser apenas um dos problemas provocados por quem faz alisamento capilar em estabelecimentos que fazem uso de produtos proibidos ou em quantidades inadequadas.
Por isso, os especialistas recomendam muito cuidado ao se procurar um salão de beleza. O alisamento capilar está despertando a atenção das autoridades devido ao grande número de reclamações de clientes com irritação no couro cabeludo e quedas de cabelo após a utilização de alisantes químicos.
O principal responsável pelos problemas ocorridos é o formol. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe o uso dessa substância para fins estéticos. Porém, criou-se a falsa idéia de que os alisamentos que usam formol têm um melhor resultado. Além de não ser verdade, o formol pode causar irritação na pele, queimaduras e intoxicação.
Mesmo com a proibição, alguns salões de beleza o utilizam normalmente. Por isso, pergunte ao seu cabeleireiro, antes de fazer o alisamento, se a fórmula contém formol e deixe bem claro que esta substância está proibida e que você é contra o seu uso devido aos riscos que corre.
O processo de alisamento químico, também chamado de escova progressiva, ou “relaxamento do cabelo” não acarreta danos para a saúde da população, desde que o produto atenda às exigências estabelecidas na legislação sanitária e o procedimento seja realizado seguindo as orientações do fabricante e por profissionais competentes.
Todos os alisantes devem ser registrados na Anvisa. Os procedimentos ou métodos para o alisamento capilar não são registrados pela Anvisa, somente os produtos. Entretanto, todos os salões de beleza devem ser licenciados pela vigilância sanitária local. O uso de produtos não registrados, ou o seu uso sem seguir as orientações do fabricante, podem causar danos à córnea, queimaduras graves no couro cabeludo, quebra e queda de cabelos.
O FORMOL
Também conhecido por formaldeído, formalina ou aldeído fórmico, o formol é uma substância permitida na legislação de cosméticos apenas para conservar produtos e como agente endurecedor de unhas. Em ambos os casos, o formol é adicionado aos produtos durante o processo de fabricação, na indústria, e não depois que o produto já está pronto.
Qualquer outro uso fora dessas finalidades e concentrações acarreta sérios riscos à saúde da população.
(Com informações da Anvisa)