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Alimentação saudável precisa começar desde cedo; confira dicas

Publicada em 20/11/2015 às 07h

Daniela e David comemoram mudança de hábitos alimentares, que repercutiram em mais saúde Daniela e David comemoram mudança de hábitos alimentares, que repercutiram em mais saúde

Foi motivada por um susto que Daniela Carneiro, 41 anos, funcionária administrativa, mudou toda a alimentação do seu filho, David Cézar Carneiro. "Na época ele tinha três anos, e ao realizar um exame de sangue, as taxas de triglicerídeo, colesterol e glicose estavam muito alteradas. A pediatra disse que urgentemente eu deveria mudar toda alimentação dele, porque, caso contrário, estaria colocando a saúde do meu filho em risco", explicou.

Daniela conta que retirou da lancheira de David os alimentos industrializados e passou a mandar sucos e frutas para a escola. Em casa, incluiu salada, alimentos integrais e retirou o biscoito recheado. "A mudança foi drástica, mas ele aceitou bem, porque sempre gostou de comer. De toda a forma, quando era convidado para as festinhas de crianças, era duro controlar os doces", afirmou.

Hoje, David tem 15 anos, está com as taxas controladas. É um rapaz magro, que incorporou hábitos saudáveis. "Para ele, se não tiver um feijão com verdura, não é comida", conta a sua mãe toda orgulhosa.

Mudar hábitos alimentares não é fácil. No entanto, quanto mais cedo, mais rápido para a criança se adaptar. A influência dos pais na formação dos hábitos alimentares é determinante. Estima-se que 80% das crianças obesas têm pais com excesso de peso. Portanto, as recomendações alimentares estendem-se aos adultos. O controle deve ser ainda mais cuidadoso no caso de predisposição genética à obesidade.

Há quatro décadas, apenas 4% das crianças e adolescentes brasileiros integravam as estatísticas de obesidade. Atualmente, a situação é motivo de preocupação, segundo dados do Ministério da Saúde, uma em cada três crianças brasileiras sofre com a doença. Estudos apontam que 80% delas têm grande possibilidade de permanecer assim na idade adulta, levando a uma série de complicações como hipertensão arterial e doenças cardiovasculares.

DICAS:

Confira dez dicas que podem ajudar a melhorar a alimentação da criança e, consequentemente, de toda a família:

1- Nada de dieta rígida para a criança. É preciso promover a reeducação alimentar - elaborar um plano alimentar e de estilo de vida em conjunto com um especialista.

2- Ao invés de proibir doces (bolo, chocolate, sorvete, etc.), ensine-a a comer uma porção.

3- Instrua a comer com calma, repousando os talheres no prato enquanto mastiga.

4- Acostume a fazer a refeição e lanches sempre à mesa, distante dos eletrônicos, para concentrar-se em como está comendo.

5- Inclua diariamente pelo menos duas colheres (sopa) de cereais integrais na alimentação (farelo de aveia, aveia, farelo de trigo, etc.).

6- Prepare alimentos que exigem mais mastigação, pois ela serve como um medidor para a quantidade de alimentos que deve ser ingerida.

7- Ensine a importância de beber bastante água ao longo do dia e ofereça sempre.

8- Evite as frituras e prefira alimentos grelhados ou assados.

9- Tire a pele e a gordura aparente da carne. Prefira cortes mais magros do acém e patinho.

10- Se a criança for a uma festa, sirva antecipadamente uma pequena refeição (frutas, iogurte ou sanduíche, etc.). Assim diminuirá as chances de exagerar nas guloseimas.