Doar sangue não altera a pressão arterial, não engrossa e nem modifica o sangue e o doador não tem nenhuma obrigação de fazer uma nova doação. A informação é da Agência Transfusional do Hospital Unimed JP que alerta para mitos que atrapalham a prática deste importante ato de solidariedade.
A coordenadora da Agência Transfusional, enfermeira Carmita Maria Dantas Fernandes Nóbrega, ressalta que a quantidade de sangue retirada em cada doação é recuperada em 24 horas com a ingesta de bastante líquido e, se possível, repouso. Ela lembra que o corpo humano é o único fabricante do "líquido da vida". "Todo dinheiro que há no mundo não valerá nada se o tipo sangüíneo não estiver disponível numa emergência ou cirurgia", destaca Carmita. Quanto a uma nova doação, ela explica que a pessoa só faz se quiser, respeitando um intervalo de três meses entre cada uma.
Carmita explica, ainda, que as transfusões de glóbulos vermelhos devem ser compatíveis para se evitar reações nos receptores do sangue. Um paciente B positivo, por exemplo, tem anticorpo Anti A no seu sangue. No caso de receber uma bolsa de Concentrado de Hemácias tipo A Positivo, os glóbulos vermelhos recebidos serão destruídos. "Essa destruição é chamada hemólise e pode levar à insuficiência renal, queda da pressão, distúrbios da coagulação e, freqüentemente, é fatal", alerta a coordenadora.
A Agência Transfusional do Hospital Unimed JP trabalha em parceria com o Hemocentro da Paraíba (3218-7600 / 3218-7610) e o Banco de Sangue São João (3221-4808). Para entrar em contato com a Agência, a pessoa deve ligar para o telefone 2106-0242.