Após o nascimento do bebê, os pais recebem orientações para as consultas pediátricas, que são fundamentais para o acompanhamento do desenvolvimento da criança. Desde a primeira consulta, que deve acontecer entre o 7º e o 10º dia de vida do bebê, o pediatra examina olhos, ouvidos, abdômen, coração, articulações, órgãos genitais, mede a circunferência da cabeça, verifica os reflexos e registra o peso e a altura.
A cada visita ao pediatra, as verificações de peso e altura são anotadas em um gráfico de curva de crescimento, que serve para que o profissional que acompanha a criança possa avaliar se o crescimento está adequado, tanto em relação ao padrão de estatura da família, quanto em relação à média de outras crianças do mesmo sexo.
Para realizar essa análise, o pediatra precisa conhecer a altura dos pais do bebê. Existe uma fórmula matemática para calcular a chamada estatura-alvo. Veja:
Meninas = Altura da Mãe (cm) + Altura do Pai (cm) – 13 /2
Meninos = Altura da Mãe (cm) + Altura do Pai (cm) + 13 /2
É o resultado desse cálculo que indica a altura que o filho deverá ter quando chegar à fase adulta. Porém, especialistas alertam que cerca de 80% da estatura é determinada pela genética. Nutrição, sono adequado, realização de atividades físicas adequadas para cada idade e ausência de doenças crônicas são outros fatores que também pesam.
VELOCIDADE DO CRESCIMENTO
- O primeiro ano de vida corresponde à fase de maior crescimento. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, nesse período é esperado um crescimento de 25 centímetros
- De 1 a 3 anos, o crescimento médio é de 12,5 centímetros
- A partir dos 3 anos de idade, são esperados de cinco a sete centímetros por ano
- Já na puberdade, que é a fase em que ocorrem modificações no corpo da criança numa transição para a fase adulta, as meninas crescem de oito a dez centímetros por ano e os meninos de dez a 12 centímetros
ESTATURA FINAL
É na fase da puberdade que acontece o famoso estirão , que é quando os jovens ganham aproximadamente 20% da estatura final que terão na vida adulta. Há uma variação de idade de início e velocidade das mudanças no corpo. Nas meninas, ocorre no início da puberdade, entre 8 e 13 anos, e nos meninos na fase intermediária, entre 9 e 14 anos.
Por trás dessa verdadeira esticada está a interação entre os hormônios gonadais, que controlam as atividades do órgão sexual, e os adrenais, que atuam em vários órgãos e participam de todo o metabolismo, com o hormônio de crescimento.
Nesse período também é muito importante que o jovem tenha o acompanhamento do pediatra ou do hebiatra, o especialista que cuida dos adolescentes. Geralmente, são requisitados exames de idade óssea, feitos por raio x da mãos e punhos, que mostram o amadurecimento e crescimento dos ossos até o adolescente chegar aos 18 anos, que é quando não há mais espaço para crescer.
Em qualquer fase, quando o crescimento não é adequado à idade, inicia-se uma investigação de fatores que podem estar impactando o desenvolvimento correto. Na adolescência, problemas em diversas glândulas do corpo, como a hipófise, que é a produtora do hormônio do crescimento, a tireoide e a adrenal, assim como a obesidade podem justificar o ritmo inadequado. De acordo com o diagnóstico, o médico determina o tipo de tratamento.
Com informações da Unimed do Brasil